Fui
ministrar aula hoje em uma turma do Ensino Médio, e ao chegar ao bloco de salas
percebi que a turma toda tinha se ausentado. Hoje é o último dia de aulas antes
do recesso escolar semestral. Parece que os alunos resolveram antecipar as
férias. Apenas um estudante me esperou para entregar uma atividade que havia
passado aula passada. Infelizmente aqui na escola essa situação de falta
coletiva de algumas turmas é recorrente. Os
estudantes combinam entre si, todos faltam a aula. Como de costume em situações
como essa, eu fico na sala durante o período correspondente a minha aula.
Afinal de contas, durante aqueles 50 minutos minha obrigação é estar à
disposição naquela aula. Sempre torço para aparecer uma ovelha desgarrada
daquelas que evadiram para tirar alguma dúvida em sala (até agora isso não
aconteceu). Enquanto esperava alguém aparecer, parei para escrever esse texto.
Pois bem. Não é sobre isso que eu quero falar. Enquanto estava defronte a sala, um estudante do curso superior de Agroecologia passou para conversar comigo. Ele havia cursado a disciplina Sociologia Rural comigo em 2016. Entre um proseado e outro, me mostrou as fotos do canteiro econômico que está desenvolvendo para sua pesquisa de TCC. Falou que estava fazendo de tudo um pouco: capinando, cavando buraco etc. Relatou que agora estava entendendo melhor o debate sobre alienação no trabalho que estudamos durante a disciplina. O projeto fez ele ter contato com todos os elementos daquela dinâmica produtiva, desde a concepção intelectual até os aspectos técnicos e práticos da operacionalização do canteiro. Com muito orgulho ele estendeu as mãos calejadas para me mostrar um dos frutos do seu trabalho árduo. Mesmo após os colegas tirarem onda por ele estar trabalhando com uma enxada. Tudo agora fazia mais sentido. A teoria de Karl Marx, dinâmica produtiva do canteiro econômico e os pormenores do mundo trabalho.
Das pequenas e grandes revoluções diárias que a educação nos proporciona..
Pois bem. Não é sobre isso que eu quero falar. Enquanto estava defronte a sala, um estudante do curso superior de Agroecologia passou para conversar comigo. Ele havia cursado a disciplina Sociologia Rural comigo em 2016. Entre um proseado e outro, me mostrou as fotos do canteiro econômico que está desenvolvendo para sua pesquisa de TCC. Falou que estava fazendo de tudo um pouco: capinando, cavando buraco etc. Relatou que agora estava entendendo melhor o debate sobre alienação no trabalho que estudamos durante a disciplina. O projeto fez ele ter contato com todos os elementos daquela dinâmica produtiva, desde a concepção intelectual até os aspectos técnicos e práticos da operacionalização do canteiro. Com muito orgulho ele estendeu as mãos calejadas para me mostrar um dos frutos do seu trabalho árduo. Mesmo após os colegas tirarem onda por ele estar trabalhando com uma enxada. Tudo agora fazia mais sentido. A teoria de Karl Marx, dinâmica produtiva do canteiro econômico e os pormenores do mundo trabalho.
Das pequenas e grandes revoluções diárias que a educação nos proporciona..