terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Para quando eu perder meus óculos



No começo e no fim tudo parece mais confuso


Mais ou menos como o amanhecer e o anoitecer

Quanndo as luzes se confundem

E é preciso muletas para enxergar

E óculos para seguir em frente

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Viernes 3 am

Nem sei por que não havia postado essa letra ainda...
Quem for curioso que procure saber de quem é...
Pelo menos fica aí o estímulo...

Viernes 3 am

A febre de um sábado azul
E um domingo sem tristezas
Te esquiva do teu próprio coração
E destrói tuas certezas
E em tua voz só um pálido adeus
E o relógio no teu punho marcou as três

O sonho de um céu e de um mar
E de uma vida perigosa
Trocando o amargo pelo mel
E as cinzas pelas rosas
Te faz bem tanto quanto mal
Faz odiar tanto quanto querer demais

Você trocou de tempo e de amor
De música e de idéias
Também trocou de sexo e de Deus
De cor e de bandeiras
Mas em si nada vai mudar
E um sensual abandono virá, e o fim

Então levanta o cano outra vez
E aperta contra a testa
E fecha os olhos e vê
Um céu de primavera
Bang! Bang! Bang!
Folhas mortas que caem
Sempre igual
Os que não podem mais se vão

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Pra brincar de/com Ciência...

Esse texto é fruto de uma conversa de depois de almoço com meu tio. Sentados à mesa da cozinha... Depois de pensar se a plástica continha o visual ou se o visual contém a plástica. Depois de afirmar que o vegetal contém a fruta, mas a fruta não contém a totalidade dos vegetais.

E a nova revolução do mundo, hein?! Qual é?! Ora bolas, é o virtual, que não é plástico nem vegetal. E o bom (uma pinóia) e velho capitalismo, que já anda meio fraco das pernas, não vai agüentar esse baque não. Ora, pois, como é que vão transformar em produto algo que não é palpável. É, tá certo, eles já fizeram isso... Mas não vão conseguir segurar essa barra por muito mais tempo não. Mas é claro!

Daqui a pouco todos vão virar estrelas. Eu vou ser o protagonista do meu próprio programa. E ele só vai apresentar aquilo que EU quiser. Não vou nem precisar aparecer na Globo. A bichinha... vai ser coisa do passado. E finalmente não vou precisar agüentar o Galvão falando @#$%. O meu canal?! Uns tais de Google’s, Youtube’s, Orkut’s e coisa e tal.

E os profetas nem vão anunciar o apocalipse. Vão estar ocupados demais conversando no MSN.

E essa bodega toda quem vai controlar?! Isso não vai ficar direito... Direito... É mesmo! Mas daqui pra lá ninguém vai dar muito ouvidos pra ele não. Ele vai ficar meio caquético o pobrezinho, meio empoeirado sabe. Que nem aquela bíblia enorme que tem na casa da avó da gente, mas que fica lá, fechada ou aberta, mas que ninguém nunca se dá ao trabalho de folhear. Todo mundo tem o maior respeito, mas nunca segue ao pé da letra aquilo que tá lá escrito.

Aí é que o negócio vai pegar. Ou melhor, não pega mais. Ninguém é de ninguém e é só brincar de se (re)inventar.

E pode até continuar...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Território da Arte

É um texto assim...meio antigo, sabe...?! Mas que talvez ainda tenha algo a dizer... Era mais ou menos assim...



“É música de preto, pobre e favelado ... mas quando toca ... ninguém consegue ficar parado!”
E foi o que aconteceu. A frase que iniciou esse texto foi proferida na segunda-feira, 29/11/2004, durante um show da cantora Fernanda Abreu, no famigerado festival Ceará Music. Ceará Music? Mas onde é que ela estava mesmo? Quem? A música... a música do Ceará. Mas não tem problema não. Olha o jeitinho dela dançar... Olha o jeitinho dela sambar... Olha o jeitinho dela suar....[1] Mas não foi só “ela” que dançou. Todos dançaram, ou melhor, quase todos. Este que vos fala entreteve-se mais com a reação das pessoas diante da música do quê com ela (a música) propriamente dita. Não que ela não fosse interessante aos meus ouvidos. Muito pelo contrário. Aquele funk-samba-rock foi a trilha sonora perfeita para minhas divagações. E os corpos balançaram. Corpos já cansados. A embriaguez que os tomava até um tempo atrás já não se fazia tão presente assim. O que os entorpecia e causava furor naquele momento era a música. E ela não penetrava apenas pelos ouvidos. Parecia invadir os corpos por toda a sua extensão. O suor. A brisa. O suor. O dia nascendo e a noite morrendo discretamente. A luz e a escuridão. O mar. Calor? Não, não havia. Apenas o suor. Olha o jeitinho dela dançar... Olha o jeitinho dela sambar... Olha o jeitinho dela suar.... Palavras...? Somente as minhas. E quanto à letra da música? Essa parecia não importar tanto assim. O que a boca pronunciava não passavam de ... gemidos... murmúrios... música... Palavras? O que elas tinham mesmo a dizer? Acho que alguma coisa do tipo: “-Hei, você aí parado, por quê não dança também?” Dançar? Não precisa. Olha o jeitinho dela dançar... Olha o jeitinho dela sambar... Olha o jeitinho dela suar.... E no fim?... Corpos cansados... Corpos suados... O prazer... O gozo. O dia. A ânsia por voltar para casa? Acho que não. A ânsia era por mais. Mais forças para continuar ali só mais alguns instantes. Por mais um pouco de prazer. O chão. O chão parecia muito convidativo naquela hora. Lugar onde os corpos se lançavam na esperança de conseguir um pouco de alívio. Mas não conseguiam. Passo. Passos. Passos. O mar quebrando nas pedras. A água escorrendo. Os casais escorrendo por entre os braços e abraços. As bocas não mais cantavam. Elas agora afagavam os rostos. E escorriam. Escorriam por outros rostos. Sem a voracidade que como outrora haviam se tocado. Acalmando. A alma. A calma. Calma. A saída. De novo o fim? Não. Ainda tinha gente querendo conferir o Ceará Music. A Favela queria conhecer o Ceará Music. Ela só queria provar um pouco daquilo tudo. E a Favela desceu. Mas o Ceará Music não queria conhecer a Favela. E aí foi um verdadeiro purgatório da beleza e do caos[2]. A Favela subiu. E mesmo assim ela resistiu. Como? Com pedras. As pedras desceram. E o Ceará Music recuou. E recuou. Para dentro do seu próprio mundo. À margem da Favela. Lá ele está bem seguro. Ao menos, assim o pensa. E a Favela? A Favela está em casa... Ela não deve se preocupar. E eles que acham que vigiam a Favela. Mas é Ela que os vigia. Afinal de contas, ela chegou ali primeiro. E não deve satisfações a ninguém. E o território da arte nessa história toda? Onde é que fica território da arte? O território da arte não é o Ceará Music. Não é a Fernanda Abreu. Não é a música. Não é a dança. Não é a Favela. Não são as pedras. E afinal, onde é que fica o território da arte? Bom, o território da arte é o próprio indivíduo. Pois sem ele não haveria Ceará Music. Não haveria Fernanda Abreu. Não haveria música. Não haveria dança. Não haveria Favela. Não haveriam pedras atiradas. Não haveria texto. Não haveria contexto. Não haveria Eu.



[1] Fazendo alusão a um trecho de uma das músicas da cantora, acho que Garota Carioca.

[2] Como no trecho de outra música de Fernanda Abreu.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Atrás das grades?!

Quem é que está atrás das grades?!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Rosas ao chão e um coração nas mãos II


Há algum tempo só haviam rosas
E um coração para sentí-las
Mas agoras as rosas estão no chão

E o coração está nas mãos


Ele nem pode mais tocá-las

Ache uma razão para tocá-las


E o perfume já está quase desaparecendo

As rosa sempre são mais cheirosas antes de mucharem

Um último perfume antes de morrer

Há uma incerteza

Um descompasso
Um ritmo que se perde nas batidas

Em algum lugar só haviam rosas

E um coração para sentí-las
Agora as rosas estão no chão
Mas o
coração ainda esta nas mãos

domingo, 6 de janeiro de 2008

Musicas para ouvir entre o natal e o ano novo...






While My Guitar Gently Weeps


I look at you all see the love there that's sleeping


While my guitar gently weeps


I look at the floor and i see it need sweeping


Still my guitar gently weeps




I don't know why nobody told you


How to unfold you love


I don't know how someone controlled you


They bought and sold you




I look at the world and i notice it's turning


While my guitar gently weeps


With every mistake we must surely be learning


Still my guitar gently weeps




I don't know how you were diverted


You were perverted too


I don't know how you were inverted


No one alerted you




I look from the winds at the play you are staging


While my guitar gently weeps


As i'm sitting here doing nothing but aging


Still my guitar gently weeps



Something



Something in the way she moves


Attracts me like no other lover


Something in the way she woos me




I don't want to leave her now



You know I believe and how




Somewhere in her smile she knows


That I don't need no other lover


Something in her style that shows me




I don't want to leave her now


You know I believe and how




You're asking me will my love grow


I don't know, I don't know


You stick around now it may show


I don't know, I don't know





Something in the way she knows


And all I have to do is think of her


Something in the things she shows me




I don't want to leave her now


You know I believe and how